...
sábado, outubro 20, 2007
terça-feira, setembro 25, 2007

...elucubrando reticências.
fragmento 1
Não sei do que tratam os segundos.
Desconfio de suas uniões sincrônicas.
Desconfio, agora, dos seus desvios sincrônicos.
Desconfio de suas representações esquemáticas.
Desconfio dos seus artifícios pungentes.
Na revoada de pássaros, alguns deles.
No breve e seco choro, alguns deles.
Nos longos instantes, nas felicitações, alguns montes deles.
Da triste face rítmica, desconfio também.
A cada segundo, segundo, terceiro, morro também.
Do que tratam os segundos?
Os segundos tratam da descontínua insegurança,do primeiro que já foi e não mais o é.
Não sei do que tratam os segundos.
Os segundos destratam-me nesses triste dias.
segunda-feira, setembro 10, 2007

... um micuim expansionista
Embebido numa intrépida lisergia encontrava-se o maestro C.D.J. Presley, irrefutável sujeito quimérico, suntuoso detonador das coxinhas dos botecos mais sujos, nadando por águas virtualmente translúcidas nas terras das araras multicores são carlenses. A tônica da balada é a excelentemente excêntrica, desfocal, triádica, purpúrea, profusão dum Red Green Blue distorcido, banda Canções para um mundo sem Humanos. Os bambus auto expandem-se em meio aos fogos de artifício duma fictícia virada de ano, chegam mesmo a sulcar o céu. Diante deste quadro, frente a um universo de bitucas capengas duma balada redescoberta a cada segundo nos meandros dum estreptoso berrante aborígene, pensamos invariavelmente em como seriam os invólucros cartesianos dos Humanos para um mundo sem canções. A ordem do dia é descartar qualquer hipótese de pensamento linear, é esse, senão o único, o grande mote do Movimento Expansionista.
Há quem diga que os micuins trazidos nas calças de C.D.J estavam seduzidos pelas substâncias que brotavam dos poros sujos de sorgo lavados, ao melhor estilo, nas cascatas despidas de pudores.
Palhaços assassinos, lança-chamas de alegria, Dead Rocks de euforia. Cachaças psicodélicas Mutantes, ao porta-malas tecnicolor, imaginando como Simon e Garfunkel cavalgariam duelando entre nuvens de poeira da estrada bucólica, projetada nos vidros traseiros do Doblô mais cobiçado de todos os anos incríveis: haja vista a abdução de sua placa em meio a uma balada no palquinho da federal.
Nada como respirar profundamente, tragando a liberdade encapsulada, quântica, encadeadora de paixões universais que escorre por entre as veias de sujeitos expansionistas.
..:o expansionista e a sua bula:.....::
Embebido numa intrépida lisergia encontrava-se o maestro C.D.J. Presley, irrefutável sujeito quimérico, suntuoso detonador das coxinhas dos botecos mais sujos, nadando por águas virtualmente translúcidas nas terras das araras multicores são carlenses. A tônica da balada é a excelentemente excêntrica, desfocal, triádica, purpúrea, profusão dum Red Green Blue distorcido, banda Canções para um mundo sem Humanos. Os bambus auto expandem-se em meio aos fogos de artifício duma fictícia virada de ano, chegam mesmo a sulcar o céu. Diante deste quadro, frente a um universo de bitucas capengas duma balada redescoberta a cada segundo nos meandros dum estreptoso berrante aborígene, pensamos invariavelmente em como seriam os invólucros cartesianos dos Humanos para um mundo sem canções. A ordem do dia é descartar qualquer hipótese de pensamento linear, é esse, senão o único, o grande mote do Movimento Expansionista.
Há quem diga que os micuins trazidos nas calças de C.D.J estavam seduzidos pelas substâncias que brotavam dos poros sujos de sorgo lavados, ao melhor estilo, nas cascatas despidas de pudores.
Palhaços assassinos, lança-chamas de alegria, Dead Rocks de euforia. Cachaças psicodélicas Mutantes, ao porta-malas tecnicolor, imaginando como Simon e Garfunkel cavalgariam duelando entre nuvens de poeira da estrada bucólica, projetada nos vidros traseiros do Doblô mais cobiçado de todos os anos incríveis: haja vista a abdução de sua placa em meio a uma balada no palquinho da federal.
Nada como respirar profundamente, tragando a liberdade encapsulada, quântica, encadeadora de paixões universais que escorre por entre as veias de sujeitos expansionistas.
..:o expansionista e a sua bula:.....::
A (des)ordem é expandir::...
.Músuclos, torso, mordaça
..cachaça, vidro, vidraça
...dilatação inexorável
....de copos e corpos mambembes
.....um brinde de Sagatiba com Kerouac
......um brinde d’alguma Off regada a Bukowski e
.......Presley dilacerantes
........apenas abra os braços para
.........o céu e expanda toda a sua introspecção
...........liberte todo dionísio contido
............nos refrões libertinos de outrora
.............que gritam em ti.. ...expandindo agora
.................sempre de dentro
.......................pra fora
c.marinovic
sábado, julho 28, 2007
Valendo-me da premissa-jargão do célebre escritor russo, reafirmo: “- Sou um homem ridículo!” Daquele ridículo que se liquefaz nas nossas ações mais corriqueiras. Explico-me. Não concebo o ridículo como algo pernicioso, ele é um bom sujeito com que aprendi a trocar alguns retalhos. Convivo com a atmosfera polivalente da ridicularidade: Tanto sei ser ridicularizado como também tenho domínio do ridicularizar, bem como do auto-ridicularizar. Apesar da malandragem e do sebo nas canelas para me esquivar dos rótulos, nalgum deles, por hora ou outra, acabo me encontrando. Destes possíveis, ostento e defendo algumas (des)adjetivações como um bastião: -Sou um homem vagabundo. Um bom vagabundo. O flaneur. O vagabundo na boa acepção da coisa toda. Aquele que transita, homem-transe, simbi(h)omem-simbiótico, ziguezagueólatra. Aproveito a ventura dos meandros para meu próprio benefício e, invariavelmente, do coletivo nômade que me cerca. Acerca disso gastemos alguma elucubração. Tanto melhor: façamos das reticências as nossas maiores elucubrações (...).
sexta-feira, maio 25, 2007
domingo, maio 06, 2007
Vinte ramos de primavera
**
Atordoada pelos encantos,
Observa a vida teus mil quadros
Empresta a ti o tempo amargo,
Inveja teus traços aos breves prantos
**
Na ventura dos teus braços,
Como galhos, sim quem dera
Vinte ramos de primavera,
Vinte flores feitas astros
**
Um arlequim num disparate
Ama o amor assim de amar,
Renitente a tentar,
Inda que de angústia se maltrate
**
Destes ramos lancinantes
Amo cada qüiproquó,
Amo cada espaço e só
Duma moça tal amante
**
Atordoada pelos encantos,
Observa a vida teus mil quadros
Empresta a ti o tempo amargo,
Inveja teus traços aos breves prantos
**
Na ventura dos teus braços,
Como galhos, sim quem dera
Vinte ramos de primavera,
Vinte flores feitas astros
**
Um arlequim num disparate
Ama o amor assim de amar,
Renitente a tentar,
Inda que de angústia se maltrate
**
Destes ramos lancinantes
Amo cada qüiproquó,
Amo cada espaço e só
Duma moça tal amante
para Fernanda,
para a festividade
dos teus vinte anos.
quarta-feira, abril 04, 2007

Bizarrasco
Uma gota de sangue. Algumas gotas de suor. Canto inoportuno. Por que ousas explicar o inexplicável? Uma vez que nossos desejos se constituem precocemente inexplicáveis, ao passo que sua dança segue o compasso da bailarina cega a beira do abismo. Porém, a dor da mágoa ainda é latente. Hay que continuar pungente por toda vida, espero. Asco que nasce do embaraço de algum sorriso mal digerido. Bizarro-meio inoportuno de uma etílica embriagada só. Repulsivas estranhezas dos que me rondam. Arredores de fronhas e aromas corrompidos. Roncos malditos enquanto os escrevo, dito. Cala-te, por ora, ser inoportuno, obscuro. Enfia-te em si mesmo e enche-te de glória. A glória breve dos prolixos que muito falam sem nada dizer. Falas tanto que mereces a infinidade do roncar perene.
(...)
“Na quarta vou procurá-la e dizer as mais belas palavras que jamais disse”
(...)
Reviver personagens adormecidos é uma necessidade de ahora. A letra, desgraçadamente, insiste com eloqüência: - Até quando?
Impressões que tenho a minha porta me fazem fraco, desconfiado e às sambas-canção já não trazem mais nada!
Adios.
Uma gota de sangue. Algumas gotas de suor. Canto inoportuno. Por que ousas explicar o inexplicável? Uma vez que nossos desejos se constituem precocemente inexplicáveis, ao passo que sua dança segue o compasso da bailarina cega a beira do abismo. Porém, a dor da mágoa ainda é latente. Hay que continuar pungente por toda vida, espero. Asco que nasce do embaraço de algum sorriso mal digerido. Bizarro-meio inoportuno de uma etílica embriagada só. Repulsivas estranhezas dos que me rondam. Arredores de fronhas e aromas corrompidos. Roncos malditos enquanto os escrevo, dito. Cala-te, por ora, ser inoportuno, obscuro. Enfia-te em si mesmo e enche-te de glória. A glória breve dos prolixos que muito falam sem nada dizer. Falas tanto que mereces a infinidade do roncar perene.
(...)
“Na quarta vou procurá-la e dizer as mais belas palavras que jamais disse”
(...)
Reviver personagens adormecidos é uma necessidade de ahora. A letra, desgraçadamente, insiste com eloqüência: - Até quando?
Impressões que tenho a minha porta me fazem fraco, desconfiado e às sambas-canção já não trazem mais nada!
Adios.