quarta-feira, abril 04, 2007


Bizarrasco

Uma gota de sangue. Algumas gotas de suor. Canto inoportuno. Por que ousas explicar o inexplicável? Uma vez que nossos desejos se constituem precocemente inexplicáveis, ao passo que sua dança segue o compasso da bailarina cega a beira do abismo. Porém, a dor da mágoa ainda é latente. Hay que continuar pungente por toda vida, espero. Asco que nasce do embaraço de algum sorriso mal digerido. Bizarro-meio inoportuno de uma etílica embriagada só. Repulsivas estranhezas dos que me rondam. Arredores de fronhas e aromas corrompidos. Roncos malditos enquanto os escrevo, dito. Cala-te, por ora, ser inoportuno, obscuro. Enfia-te em si mesmo e enche-te de glória. A glória breve dos prolixos que muito falam sem nada dizer. Falas tanto que mereces a infinidade do roncar perene.

(...)

“Na quarta vou procurá-la e dizer as mais belas palavras que jamais disse”

(...)

Reviver personagens adormecidos é uma necessidade de ahora. A letra, desgraçadamente, insiste com eloqüência: - Até quando?
Impressões que tenho a minha porta me fazem fraco, desconfiado e às sambas-canção já não trazem mais nada!
Adios.